Um fato ocorrido no último dia 19, deixou as participantes do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Sorocaba (CMDM) e entidades representativas, dentre elas, o Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores no Vestuário de Sorocaba, indignados.
Na ocasião, o Conselho recebeu um novo armário contendo uma bala de arma de fogo dentro. “O que querem dizer com este ato? Trata-se de uma ameaça?” questionou a advogada e presidenta do Conselho, Emanuela Barros, em Live transmitida pela página oficial do CMDM no Facebook.
Diante da gravidade do fato, foi aberto um boletim de ocorrência. Um ofício foi enviado à Secretaria da Cidadania no município de Sorocaba, exigindo apuração e providências sobre a ameaça.
Para Fernanda Viana, representante do Sindicato junto ao Conselho, a ameaça reflete o ambiente de violência contra as mulheres, inúmeras vezes estimulado pelo presidente da república e seus seguidores.
“Este armário é patrimônio do município de Sorocaba e o acesso deveria ser restrito, portanto, fácil de ser rastreado. Num país onde o próprio presidente, que é extremamente armamentista, incentiva a violência de gênero, fatos como estes não podem passar impune, seja em governos bolsonaristas, como, infelizmente, é o caso de Sorocaba, ou não”, destacou.
Márcia Viana, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, também classifica o episódio como gravíssimo. “Trata-se de uma ameaça à vida das mulheres que fazem parte do Conselho e cumprem com seu papel de cobrar medidas do município para o fim da violência de gênero. Além de um ato de violência, o episódio revela a fragilidade de um local público frente à segurança das pessoas. O município de Sorocaba deve uma explicação não só ao CMDM, mas para toda a sociedade”, cobra a sindicalista.
A Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT/SP emitiu nota pública sobre o caso, assim como outras entidades e personalidades públicas. Confira https://bit.ly/3J5tk2T