"Está praticamente consolidado o segundo turno entre Fernando Haddad [PT] e Jair Bolsonaro [PSL]”, disse o sócio-fundador do instituto Vox-Populi, Marcos Coimbra, ao comentar o resultado da pesquisa encomendada pela CUT, divulgada nesta quinta-feira (13), que revela o enorme crescimento das intenções de voto no candidato do PT à Presidência da República.
Em entrevista aos jornalistas Leonardo Attuch e Mauro Lopes, do programa Giro das 11, na TV 247, Coimbra falou sobre a pesquisa CUT/Vox Populi, que revela Haddad na frente de todos os outros candidatos.
No cenário estimulado, quando os pesquisadores apresentam uma cartela com os nomes dos candidatos, Haddad cresceu de 12% para 22%, entre julho e setembro; Bolsonaro passou de 16% para 18%; Ciro Gomes (PDT), foi de 9% para com 10%; Marina Silva (Rede) caiu de 11% para 5%; Geraldo Alckmin (PSDB), também caiu, de 7% para 4%.
Para Marcos Coimbra, o cenário desta eleição era "totalmente previsível" e apenas um enorme acidente de percurso poderá mudar a rota já claramente definida.
"O lugar da direita está ocupado pelo Jair Bolsonaro, com esse enraizamento que ele tem no eleitorado popular e nenhum outro nome da centro-direita e da direita chega nem perto do que ele tem de presença no povo".
Para Coimbra, depois da facada, houve uma pequena elevação da intenção de voto em Bolsonaro "que, se não elevou seu teto, ao menos elevou seu piso" assegurando-lhe uma das vagas no segundo turno.
No cenário atual, o sociólogo e pesquisador considera pouco provável que Haddad consiga vencer já no primeiro turno. E considera difícil que Ciro possa ameaçar sua posição.
"Ciro cresceu até 10% no vácuo da definição do nome indicado por Lula, e é natural que ele retorne ao patamar anterior (ao redor de 6%) na medida em que o conhecimento de que Haddad é o candidato apoiado por Lula se dissemine", afirmou Coimbra.
Ele afirmou ainda que a situação de Alckmin e Marina é quase irreversível e que o ex-governador de São Paulo corre o risco de ficar empatado ou mesmo atrás dos outros candidatos de direita, João Amôedo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB).