A CNTRV, em parceria com o Solidarity Center da AFL-CIO, realizou uma roda de conversa com trabalhadores da base do Sindicato dos Curtumeiros de Franca e região. A atividade faz parte do projeto “Promover os Direitos Humanos e Fortalecer a Ação Sindical e a Igualdade de Gênero no Ramo Vestuário do Brasil”, que está sendo desenvolvido em nível nacional com apoio do Instituto C&A e Instituto Observatório Social.
A roda de conversa em Franca debateu os impactos da reforma trabalhista nas relações de trabalho e nos direitos e promoveu um amplo diálogo sobre a importância do Sindicato. “Os participantes entenderam que a ação sindical com participação e apoio da base, é o único instrumento capaz de garantir direitos frente a reforma trabalhista e a nova onda de retrocessos promovida pelo governo de Jair Bolsonaro”, avalia Carmem Souza , presidenta do Sindicato.
Sindicalização
Josenildo Melo, assessor da CNTRV e mediador da roda de conversa, destaca que a atividade debateu também a importância da sindicalização para o enfretamento dos desafios. “Se o sindicato é importante, os trabalhadores e trabalhadoras precisam contribuir para a manutenção da ação sindical. As entidades sindicais vivem um momento em que governo e patrões se aliaram para destruir a organização e a luta dos sindicatos. O objetivo é deixar o caminho livre para mais retrocessos, como reforma da previdência, trabalho nos finais de semana e implementação da reforma trabalhista em sua íntegra. As categorias precisam reagir a esta estratégia dos empresários que estão alinhados com o governo federal. Neste sentido, a sindicalização é o principal caminho”, enfatizou.
Participação
Além da boa participação de trabalhadores e trabalhadoras da base do Sindicato dos Curtumeiros, dirigentes sindicais de outras categorias, como servidores municipais, por exemplo, também participaram da atividade. “Vimos que os desafios são comuns. Mesmo categorias que pensam estar imunes à reforma trabalhista, como os servidores, por exemplo, sofrem os reflexos da retirada de direitos, da ausência de políticas públicas e dos constantes cortes de verbas. Todos estamos num único barco”, analisou Carmem.