Trabalhadores(as) da fábrica de calçados Via Uno, instalada em Valente, no nordeste baiano, realizaram na terça-feira 12 de novembro, uma manifestação na porta da unidade para cobrar soluções para os atuais problemas enfrentados pelos trabalhadores.
A companhia, que ameaça fechar às portas, deu férias coletivas aos 650 trabalhadores(as) desde o último dia 30 de outubro. Durante os protestos do dia 12, uma comissão formada por trabalhadores(as) e representantes do Sindicato local se reuniram com a direção da Via Uno, que informou sobre a venda de 18 máquinas e produtos estocados como necessários para a garantia do pagamento de todos os trabalhadores(as).
A empresa não dá garantias de que volta a funcionar. Trabalhadores(as) da empresa contestam as informações. Afirmam que na realidade serão vendidas 40 máquinas e que antes de paralisar as atividades, a gerência teria garantido informalmente que nenhuma máquina seria vendida e que os funcionários voltariam ao trabalho dia 19, depois de cumprirem coletivamente a folga por banco de horas.
Durante as negociações, os trabalhadores não permitiram a retirada de parte do maquinário do prédio. “Nosso medo é de que eles retirem as máquinas, vendam e a gente fique sem emprego e sem dinheiro. De madrugada, eles retiraram máquinas da empresa, quando tinham afirmado que isso não aconteceria. Eles são homens de duas palavras”, afirmou o sindicalista Ailton Nascimento.
Depois de uma longa negociação, os trabalhadores permitiram que os equipamentos fossem retirados. No final da manhã, a comissão se reuniu com o prefeito de Valente, Agnaldo Oliveira (PT), e o futuro gestor Ismael Ferreira (PT), onde ficou acordado que será formada uma comissão regional para manter uma negociação com a Via Uno e solicitar apoio do governo do Estado.
Além de Valente, Conceição do Coité e Serrinha, onde a Via Uno mantém plantas fabris, podem passar pela mesma situação.
com informações da Bahia Notícias