Movimentos sociais ligados à juventude manifestaram apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levado na manhã de hoje (4) ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pela Polícia Federal, para depor na 24ª fase da Operação Lava Jato. Pelo menos 200 policiais fortemente armados foram ao apartamento de Lula, em São Bernardo do Campo, na região do ABC, com um aparato de força injustificado, segundo lideranças petistas.
A União da Juventude Socialista (UJS) divulgou nota dizendo que se trata de um capítulo de “histeria política” que fere o Estado democrático de sireito. O movimento repudiou a “ação coercitiva” da Polícia Federal com a intenção de “impedir a continuidade do ciclo político iniciado por ele há 13 anos.” Os militantes prometeram que continuarão mobilizados em defesa da democracia e em rechaço a um possível golpe.
“Não temos dúvidas de que ações desse tipo são motivadas unicamente para retirar da cena política o presidente que mais fez pela classe trabalhadora em toda a história do Brasil. Nasce, a partir do seu governo iniciado em 2003, a materialização dos sonhos de milhares de brasileiros que conquistaram a casa própria, o acesso à universidade, a valorização dos seus salários e foram beneficiados por uma série de outras políticas públicas que elevaram a qualidade de vida do povo brasileiro”, diz a nota.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, considerou "absurda" a ação da PF, uma vez que o ex-presidente sempre cooperou com as investigações: "Querem destruir a reputação do presidente que mudou o país, com acusações sem prova, dando ouvidos a delações descabidas e vazadas ilegalmente", disse. "Foi armado um circo junto com os meios de comunicação. Acontece que existe luta, e existem os movimentos sociais que não vão deixar que a democracia seja atacada."
A presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Ângela Meyer, publicou em seu perfil no Facebook uma foto em apoio ao ex-presidente. Na sequência, estudantes ligados ao movimento secundarista também aderiram à manifestação.