Após a negativa do sindicato patronal em negociar as reivindicações dos trabalhadores calçadistas, o que levou a decisão sobre a Convenção Coletiva à Justiça do Trabalho, a direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados de Jaú está negociando acordos coletivos por empresa.
Segundo o presidente da entidade, Miro Jacintho, tanto patrões quanto os trabalhadores ganham com as negociações. “O Dissídio Coletivo pode resultar em pagamentos retroativos e isso prejudica as empresas, principalmente as menores. Por outro lado, a espera do julgamento do Dissídio atrapalha a vida dos trabalhadores que poderiam estar recebendo salários com reajustes acima da inflação de 3,31%. A negociação por empresa é totalmente legítima e dentro das normas trabalhistas e trazem maior oportunidade para o diálogo, resultando em relações de trabalho mais consistentes”, explicou o sindicalista.
De acordo com Jacintho, algumas empresas já assinaram Acordo Coletivo oferendo aumento real nos salários e no vale cesta, além de benefícios exclusivos como Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e Auxílio Creche. “Estamos buscando novas formas de negociação coletiva que garantam mais qualidade no emprego da categoria calçadista”, finalizou Jacintho.