A expectativa de que a federação que representa os bancos apresentasse um proposta melhor para o Comando Nacional dos Bancários, em rodada de negociação realizada hoje (13), foi frustrada. "Os bancos chamaram para uma negociação e não apresentaram nenhuma nova proposta, um desrespeito com os trabalhadores e a população", disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
Com isso, a greve nacional da categoria, iniciada em 6 de setembro e com adesão crescente, segundo o comando, prossegue. "Eles insistem em impor reajuste abaixo da inflação, com perda real. Cobramos também que parem com as demissões. Nossa greve vai crescer a cada dia porque sabemos que nossas reivindicações podem ser atendidas pelo setor mais lucrativo do país", ressaltou Juvandia. As negociações continuam na nesta quinta-feira, em São Paulo.
Segundo balanço feito pelo sindicato, 1.048 locais de trabalho, sendo 13 centros administrativos e 1.035 agências foram afetados pela paralisação nesta terça-feira. Durante todo o período de greve, o autoatendimento continua funcionando normalmente. A data-base dos bancários é 1º de setembro. A categoria entregou pauta com as reivindicações no dia 9 de agosto e, após cinco rodadas de negociação com a Fenaban, não houve acordo para o índice de reajuste e demais reivindicações.
No dia 30 de agosto os bancos apresentaram proposta com reajuste de 6,5% com um abono de R$ 3.000, o que levou à deflagração da greve. A segunda proposta, feita na semana passada, com reajuste de 7% (com 2,39% de perda salarial) e abono de R$ 3.300, foi rejeitada pelos sindicatos na mesa de negociação.