Na primeira agenda pública de 2017, o presidente da CUT, Vagner Freitas, convocou a classe trabalhadora a enfrentar as retiradas de direitos que o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) está tentando implementar com apoio do Congresso Nacional.
Em Brasília para participar da abertura do 33º Congresso Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que aconteceu na tarde da última quinta-feira (12), Freitas afirmou que não será possível nenhum entendimento com os políticos que organizaram o golpe de estado no Brasil, “precisamos tirá-los do poder, restituir a democracia e fazer eleições diretas ainda em 2017 para o país voltar a crescer”.
Freitas elogiou a iniciativa da CNTE em realizar o congresso logo em janeiro, para impulsionar a luta pela resistência. Segundo ele, a educação é o ramo que mais se organizou ao longo de 2016 para combater este governo. “Temos que valorizar as conquistas adquiridas com muito esforço e não podemos permitir que elas sejam retiradas. Não podemos, ainda, permitir que eles enganem nossa base com campanhas de televisão para dizer que a reforma da previdência e a PEC 55 são boas.”
A bandeira “Fora Temer com Diretas Já e nenhum direito a menos, contra a reforma da previdência e trabalhista”, será a principal agenda da Central para este ano, enfatizou Freitas. Para ele, 2017 será pior que o ano passado, pois o golpe jurídico-parlamentar que contou com total apoio da mídia precisa ser concluído. “A direita neoliberal perdeu a paciência de conviver com a democracia e o direito dos trabalhadores. Por isso querem nos enfrentar, nos excluir e aniquilar. Esse governo não tem legitimidade para tratar da agenda do povo brasileiro e nós precisamos retirá-los do poder.”
Cerca de 2.500 representantes da Educação do Brasil e de diversos países permanecem reunidos até domingo (15), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, no 33º Congresso Nacional da CNTE. Entre os principais assuntos do encontro estão as conjunturas internacional e nacional, as políticas educacional e sindical, o balanço político, as políticas permanentes e o plano de lutas da categoria.