Na manhã do 8 de Março, a Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-SP promoveu no Sindicato dos Bancários de São Paulo o seminário História de Luta por Igualdade na Vida, no Mundo do Trabalho, no Movimento Sindical e a Paridade na CUT.
Na mesa que tratou do papel do Estado na promoção da igualdade, a secretária de políticas para as mulheres de Santo André, Silmara Conchão, alertou para o caráter político das manifestações do 8 de Março. “A diferença biológica entre homens e mulheres é natural, a desigualdade social é que não é. Essa ordem precisa ser desorganizada e para isso é bom lembrar que a luta pelos nossos direitos é apartidária, mas política. Por isso precisamos lembrar de onde veio e para que serve o 8 de março".
Secretária de Políticas para as Mulheres da cidade de São Paulo, Denise Motta Dau falou sobre programas recém-lançados em parceria com as secretarias municipais de transporte, assistência social, habitação, serviços e saúde que beneficiam as mulheres. Ex-dirigente da CUT, ela reforçou também a bandeira histórica das cutistas de defender que a luta seja intersetorial. “As demandas das mulheres são classistas e não só da secretaria. As políticas precisam estar organizadas e permear todas as ações da Central".
1. Descriminalização e legalização do aborto;
2. Salário igual para trabalho igual;
3. Participação política e poder paritário;
4. Garantia de direitos para as trabalhadoras domésticas;
5. Fim de todas as formas de violência contra a mulher;
6. Compartilhamento das tarefas domésticas e de cuidados;
7. Creches públicas, de qualidade e de período integral; e
10. Contra a mercantilização dos nossos corpos e de nossas vidas.
“As mulheres estão hoje nas ruas para lutar pela divisão do poder e das responsabilidades familiares com os homens, queremos uma sociedade em que possamos caminhar lado a lado, sem discriminações e desigualdades”, comentou a presidente Cida Trajano.
Foto: Dino Santos
Com informações de Luiz Carvalho (CUT)