Segundo a Globonews, Cunha mandou recado por meio de seus aliados de que se a votação ocorrer na data agendada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele firmará um acordo de delação premiada na Lava Jato, podendo comprometer parlamentares e governo de Temer. De acordo com a jornalista Andréa Sadi, Temer queria a votação da cassação para depois do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e assim marcou Rodrigo Maia. Mas, segundo aliados próximos de Cunha, ele exige que a votação ocorra mais tarde, neste caso, após as eleições.
As manobras para tentar garantir a absolvição de Cunha não ficam por aí. Segundo o colunista Lauro Jardim, também da Globo, para quem a "pizza de Cunha [está] no forno", os aliados do deputado réu no STF têm tentado convencer aqueles que devem favores a Cunha a faltar na sessão do dia 12, alegando compromissos com a campanha municipal.
Diante do jogo de cartas marcadas de Temer e Cunha, que até agora estão jogando no mesmo time (o dos golpistas), o recado repassado pela Globo é a chantagem para pressionar parlamentares. Quem se beneficia com a chantagem de Cunha? Os dois, ou seja, Temer e Cunha.