Em mais uma etapa da Ação Solidária do Ramo Vestuário da CUT, realizada em parceria com o Solidariy Center em diversas cidades brasileiras, 396 pessoas foram beneficiadas pela distribuição de 130 cestas básicas. A renda das famílias beneficiadas foi severamente comprometida pela crise do coronavírus.
A ação foi desenvolvida na cidade gaúcha de Novo Hamburgo por meio de uma parceria com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado, entidade que organizou a compra dos produtos e montagem das cestas, selecionou as famílias mais vulneráveis e realizou a entrega nas residências.
Prioridade para mulheres
A seleção priorizou famílias chefiadas por mulheres: “muitas trabalhadoras já estavam desempregadas e diante da pandemia não enxergam solução para os problemas econômicos”, afirma Roberta Tatiana dos Santos, coordenadora da Secretaria de Mulheres do Sindicato. OUÇA
A sindicalista destaca que são as mulheres as mais prejudicas diante da atual crise econômica. “As demissões e precarização das relações de trabalho chegam primeiro para as trabalhadoras”, afirma.
Ação possibilita diálogo
Roberta relatou à redação da CNTRV, que além de levar alimentos, a ação possibilitou dialogar com as mulheres sobre os principais desafios frente à pandemia. Temas como violência doméstica, trabalho precário e o preconceito das empresas ao empregar mulheres com filhos, foram os principais problemas relatados.
Jair Xavier, presidente do Sindicato, ressaltou a importância da solidariedade promovida pelas entidades sindicais. “Isso demonstra que a ação sindical vai muito além dos locais de trabalho. Ações como esta ajudam as pessoas a superarem um momento tão difícil quanto o que estamos atravessando”, relatou.
Jair destacou ainda que o envolvimento do Sindicato com a comunidade possibilita o contato com trabalhadores que se encontram à margem da representação sindical e este é um desafio dos sindicatos. “Encontramos e dialogamos com pessoas que não são atingidas pelas negociações coletivas feitas pelas entidades sindicais. É um grande desafio dialogar com estes trabalhadores que sobrevivem por meio do trabalho informal e, muitas vezes, precário”, frisa.
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