A maioria dos deputados(as) ignoraram os intensos protestos realizados dentro e fora das galerias do Congresso e nas principais cidades do pais e aprovaram a PEC 241, conhecida como “PEC do fim do mundo. A Proposta de Emenda Constitucional foi aprovada pelo Congresso nesta terça-feira, 25, em segundo turno, com 359 votos favoráveis, 116 contrários e 2 abstenções.
Embora os discursos do governo de Michel Temer seja a imposição de limite em gastos públicos, a PEC irá congelar pelos próximos 20 anos os investimentos em saúde, educação, infraestrutura e outras áreas públicas. A Proposta segue para o Senado onde também deverá ser aprovada em dois turnos para que a Constituição do país seja mudada.
Se for aprovada pelo Senado, áreas como saúde e educação só receberão reajustes de acordo com a inflação, ou seja, por mais que a população e a demanda aumentem, não haverão recursos para construção de novos hospitais, postos de saúde, escolas e creches por exemplo. Além disso, o poder público não terá verba para contratar novos servidores como médicos, enfermeiros, professores e outros.
Brasil poderá se igualar com a Nigéria
Em Audiência no Senado sobre a PEC 241, realizada no mesmo dia da votação da PEC, o economista e professor associado do Departamento de Economia da Hobart and William Smith College (NY), Felipe Rezende, afirmou que “o Brasil entrará na história mundial como o primeiro país a implementar esta radical medida pois nenhum governante até hoje teve coragem de praticar tal loucura. O Brasil, que estava em pleno crescimento, entrará para o clube dos países que investem menos que 16% do Produto Interno Bruto (PIB) para seu desenvolvimento, equiparando-se a lugares como Bangladesh, Congo, Singapura e Nigéria”, esclareceu.
Resistência
No dia 11 de novembro, o país deverá ter um dia histórico de luta e resistência. Centrais Sindicais e Movimentos Populares realizarão neta data o Dia Nacional de paralisações e greve.